domingo, 28 de agosto de 2005

EDITH PIAF - LA VIE EN ROSE


 



LA VIE EN ROSE (EDITH PIAF)

Letra de Edith Piaf
Música de Louiguy - 1945


 

Des yeux qui font baisser les miens
Olhos que fazem baixar os meus

Un rire qui se perd sur sa bouche

Um riso que se perde em sua boca

Voilà le portrait sans retouches

Aí está o retrato sem retoque

De l'homme auquel j'appartiens

Do homem a quem eu pertenço

 

Quand il me prend dans ses brás
Quando ele me toma em seus braços

Il me parle tout bas

Ele me fala baixinho

Je vois la vie en rose

Vejo a vida cor-de-rosa

Il me dit des mots d'amour

Ele me diz palavras de amor

Des mots de tous les jours

Palavras de todos os dias

Et ça m'fait quelque chose

E isso me toca

Il est entré dans mon coeur

Entrou no meu coração

Une part de bonheur

Um pouco de felicidade

Dont je connais la cause

Da qual eu conheço a causa

C'est lui pour moi, moi pour lui, dans la vie

É ele para mim, eu para ele na vida

Il me l'a dit, l'a juré, pour la vie

Ele me disse Jurou pela vida

Et dès que je l'aperçois

E desde que eu o percebo

Alors je sens dans moi,

Então sinto em mim

Mon coeur qui bat

Meu coração que bate

Des nuits d'amour à plus finir

Noites de amor a não mais acabar

Un grand bonheur qui prend sa place

Uma grande felicidade que toma seu lugar

Les ennuis, les chagrins s'effacent

Os aborrecimentos e as tristezas se apagam

Heureux, heureux à en mourir

Feliz, feliz até morrer

 

Quand il me prend dans ses bras
Quando ele me toma em seus braços

Il me parle tout bas

Ele me fala baixinho

Je vois la vie en rose

Vejo a vida cor-de-rosa

Il me dit des mots d'amour

Ele me diz palavras

Il me dit des mots d'amour

Ele me diz palavras de amor

Des mots de tous les jours

Palavras de todos os dias

Et ça m'fait quelque chose

E isso me toca

Il est entré dans mon Coeur

Entrou no meu coração

Une part de bonheur

Um pouco de felicidade

Dont je connais la cause

Da qual eu conheço a causa

C'est toi pour moi, moi pour toi, dans la vie

É ele para mim, eu para ele na vida

Il me l'as dit, l'as juré, pour la vie

Ele me disse Jurou pela vida

Et dès que je t'aperçois

E desde que eu o percebo

Alors je sens dans moi

Então sinto em mim

Mon coeur qui bat.

Meu coração que bate.

sábado, 27 de agosto de 2005

GILBERTO GIL - COPO VAZIO

GIL LUMINOSO

3
Copo vazio
música e letra: Gilberto Gil
1974


É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar

É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio
Vazio daquilo que no ar do copo
Ocupa um lugar

É sempre bom lembrar
Guardar de cor
Que o ar vazio de um rosto sombrio
Está cheio de dor

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar

Que o ar no copo ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa a metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Uma metade cheia, uma metade vazia
Uma metade tristeza, uma metade alegria
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar

© Gege Edições Musicais ltda (Brasil e América do Sul) / Preta Music (Resto do mundo)


Ficha técnica da faixa
voz e violão: Gilberto Gil

"Chico Buarque estava sendo hipercensurado naquele momento, e quis responder a isso fazendo um disco só com músicas de colegas. Por isso pediu a Paulinho da Viola, a Caetano, a mim e a outros que compusessem para ele.

"Eu estava em casa, sentado no sofá, já de madrugada. Tinha tomado um copo de vinho no jantar, e o copo tinha ficado na mesa. Pensando no que é que eu ia fazer pro Chico, eu de repente vi o copo vazio e concentrei o olhar nele para dali extrair emanações de imagens e significados, a princípio como se para nada obter, mas logo constatando: 'O copo está vazio, mas tem ar dentro'. Disso me vieram idéias acerca das camadas de solidificação e rarefação que vão se sucedendo nas coisas - e disso, a música.

"A letra faz uma viagem ao mundo das coisas sutis, transcendentes, mas suas primeiras frases são muito significativas em termos do que estava acontecendo: regime de exceção, censura, o Chico privado de sua liberdade artística plena etc. Embora não fosse essa a intenção principal, as dificuldades da situação contingencial estavam necessariamente metaforizadas, e qualquer crítica à canção em termos de fuga da realidade esbarraria no fato de que, ao contrário, a letra parte da realidade e não foge dela; foge com ela, se for o caso..."


sexta-feira, 26 de agosto de 2005

FLORBELA ESPANCA - SER POETA




Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!


Florbela Espanca



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quinta-feira, 25 de agosto de 2005

👤# CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - TORCIDA POR VOCE

👤# CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - TORCIDA POR VOCE
 
 
Torcida da sua vida
(Carlos Drummond de Andrade)
25/01/2005


Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai.
Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo...
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra , pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.
E o primeiro gol, então?
E, de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.
Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão.
Eles também estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.
E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua.
Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.
Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médico, músico, advogado...
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.
Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para 'ela'...
Primeiro, torceu para ela não ter outro.
Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.
Descobriu que ela torcia igual a você.
E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.
E, daí pra frente, você entendeu que a vida é uma grande torcida.
Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.
Mas muita gente ainda torce por você!!!

"Se procurar bem você acaba encontrando...
Não a explicação (duvidosa), mas a poesia (inexplicável) da vida."

 
 
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quarta-feira, 24 de agosto de 2005

PABLO NERUDA - POSSO ESCREVER


POSSO ESCREVER OS VERSOS MAIS TRISTES ESTA NOITE... 
Pablo Neruda


Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Escrever, por exemplo: “A noite está estrelada, e tiritam, azuis, os astros, ao longe”. O vento da noite gira no céu e canta. Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Eu a quis, e às vezes ela também me quis... Em noites como esta eu a tive entre os meus braços. A beijei tantas vezes debaixo o céu infinito. Ela me quis, às vezes eu também a queria. Como não ter amado os seus grandes olhos fixos. Posso escrever os versos mais tristes esta noite. Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi. Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela. E o verso cai na alma como no pasto o orvalho. Que importa que o meu amor não pudesse guardá-la. A noite está estrelada e ela não está comigo. Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe. Minha alma não se contenta com tê-la perdido. Como para aproximá-la meu olhar a procura. Meu coração a procura, e ela não está comigo. A mesma noite que faz branquear as mesmas árvores. Nós, os de então, já não somos os mesmos. Já não a quero, é verdade, mas quanto a quis. Minha voz procurava o vento para tocar o seu ouvido. De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos. Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos. Já não a quero, é verdade, mas talvez a quero. É tão curto o amor, e é tão longe o esquecimento. Porque em noites como esta eu a tive entre os meus braços, minha alma não se contenta com tê-la perdido. Ainda que esta seja a última dor que ela me causa, e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.



domingo, 7 de agosto de 2005

CARL ORFF - CARMINA BURANA


CARMINA BURANA
CARL ORFF
07/02/2005




I. FORTUNA IMPERATRIX MUNDI


1- O Fortuna



O Fortuna.

Velut Luna statu variabilis,
semper crescis aut decrescis; vita detestabilis
nunc obdurat et tunc curat ludo mentis anciem,
egestatem, potestatem, dissolvit ut glaciem.

Sors imanis et inanis, rota tu volubilis,

status malus, vana salus semper dissolubilis,
obumbrata et velata michi quoque niteris;
nunc per ludum dorsum nudum fero tui sceleris.

Sors salutis et virtutis michi nunc contraria

est affectus et defectus semper in angaria.
Hac in hora sine mora cordum pulsum tangite;
quod per sortem sternit fortem, mecum omnes plangite!




2- Fortune plango vulnera




Fortune plango vulnera stillantibus ocellis,

quod sua michi munera subtrahit rebelis.
Verum est, quod legitur fronte capillata,
sed plerumque sequitur occasio calvata.

In Fortune solio sederam elatus,

prosperitatis vario flore coronatus;
quicquid enim florui felix et beatus,
nunc a summo corrui gloria privatus.

Fortune rota volvitur descendo minoratus;

alter in altum tollitur nimis exaltatus
rex sedet in vertice -- caveat ruinam!
nam sub axe legimus Hecubam reginam.




II. PRIMO VERE




3- Veris leta facies




Veris leta facies mundo propinatur,

hiemalis acies victa iam fugatur.
In vestiu vario Flora principatur,
nemorum dulcisono que cantu celebratur. Ah!

Flore fusus gremio Ph\oebus novo more

risum dat, hoc vario iam stipate flore.
Zephyrus nectareo spirans in odore,
certatim pro bravio curramus in amore. Ah!

Cytharizat cantico dulcis Philomena,

flore rident vario prata iam serena,
salit cetus avium silva per amena,
chorus promit virginum iam gaudia millena. Ah!




4- Omnia Sol temperat




Omnia Sol temperat purus et subtilis,

novo mundo reserat faciem Aprilis;
ad Amorem properat animus herilis
et iocundis imperat deus puerilis.

Rerum tanta novitas in solemni vere

et veris auctoritas iubet nos gaudere;
vias prebet solitas, et in tuo vere
fides est et probitas tuum retinere.

Ama me fideliter! Fidem meam nota:

de corde totaliter et ex mente toda
sum presentialiter absens in remota.
Quisquis amat taliter, volvitur in rota.




5- Ecce gratum




Ecce gratum et optatum ver reducit gaudia:

purpuratum floret pratum, Sol serenat omnia.
Iam iam cedant tristia!
Estas redit, nunc recedit Hyemis sevitia. Ah!

Iam liquescit et decrescis grando, nix et cetera;

bruma fugit et iam sugit Ver Estatis ubera;
illi mens est misera,
qui ne vivit, nec lascivit sub Estatis dextera. Ah!

Gloriantur et letantur in melle dulcedinis

qui conantur, ut utantur premio Cupidinis;
simus jussu Cypridinis
gloriantes et letantes pares esse Paridis. Ah!





UF DEM ANGER




6- Tanz




7- Floret silva nobilis




Floret silva nobilis floribus et foliis.

Ubi est antiquus meus amicus? Ah!
Hinc equitavit! Eia, quis me amabit? Ah!

Floret silva undique, nah mime gesellen ist mir wê.

Gruonet der walt allenthalben, wâ ist min geselle alse lange? Ah!
der ist geriten hinnen, o wî, wer sol mich minnen? Ah!




8- Chramer, gip die varwe mir




Chramer, gip die varwe mir, die min wengel r\oete,

da mit ich die jungen man an ir dank der minnen liebe n\oete.

Seht mich an, jungen man!

lat mich iu gevallen!

Minnet, tugenliche man, minnecliche frouwen!

minne tuot iu hoch gemuot und lat iuch in hohen eren schouwen.



Seht mich an, jungen man!

lat mich iu gevallen!

Wol die Werlt, daz du bist also freunderiche!

ich wil dir sin undertan durch din liebe immer sicherliche.

Seht mich an, jungen man!

lat mich iu gevallen!





9- a) Tanz




b)

Swaz hie gat umbe
Swaz hie gat umbe, daz sint alles megede,
die wellent ân man alle diesen sumer gan. Ah! Sla!



c)

Chum, chum, geselle min
Chum, chum, geselle min,ih enbite harte din,
ih enbite harte din, chum, chum, geselle min.



Suzer rosenvarwer munt, chum und mache mich gesunt,

chum und mache mich gesunt, Suzer rosenvarwer munt.



Swaz hie gat umbe, daz sint alles megede,

die wellent ân man alle diesen sumer gan. Ah! Sla!




10- Were diu werlt alle min




Were diu werlt alle min von deme mere unze an den Rin,

des wolt ih mih darben, daz diu chünegin von Engellant
lege an minen armen. Hei!




II. IN TABERNA





11- Estuans interius




Estuans interius ira vehementi

in amaritudine loquor mee menti:
factus de materia, cinis elementi
similis sum folio, de quo ludunt venti.

Cum sit enim proprium viro sapienti

supra petra ponere sedem fundamenti,
stultus ego comparor fluvio labenti,
sub eodem tramite nunquam permanenti.

Feror ego veluti sine nauta navis.

ut per vias aeris vaga fertus avis;
non me tenent vincula, non me tenet clavis,
quero mihi similes, ed adiungor pravis.

Mihi cordi gravitas res videtur gravis;

iocus est amabilis dulciorque favis;
quicquid Venus imperat, labor est suavis,
que nunquam in cordibus habitat ignavis.

Via lata grandior more iuventutis,

implicor et vitiis immemor virtutis,
voluptatis avidus magis quam salutis,
mortuus in anima curam gero cutis.




12- Olim lacus colueram




Olim lacus colueram

olim pulcher extiteram,
dum cignus ego fueram.

Miser, miser! modo niger et ustus fortiter!


Girat, regirat gracifer;

me rogus urit fortiter:
propinat me nunc dapifer.

Miser, miser! modo niger et ustus fortiter!


Nunc in scutella iaceo,

et volitare nequeo,
dentes fredentes video:

Miser, miser! modo niger et ustus fortiter!





13- Ego sum abbas




Ego sum abbas Cucaniensis,

et concilium meum est cum bibulis,
et in secta Decii voluntas mea est,
et qui mane me quesierit in taberna,
post vesperam nudus egredietur,
et sic denudatus clamabit:

Wafna! Wafna! quid fescisti sors torpissima?

nostre vite gaudia abstulisti omnia! Haha!




14- In taberna quando sumus




In taberna quando summus, non curramus quid sit humus,

sed ad ludum properamus, cui semper insudamus.
Quid agatur in taberna, ubi numus est pincerna,
hoc est opus ut queratur, sic quid loquar, audiatur.

Quidam ludunt quidam bibunt, quidam indiscrete vivunt,

sed in ludo qui morantur, ex his quidam desnudantur,
quidam ibi vestiuntur, quidam saccis induuntur,
Ibi nullus timet mortem, sed pro Baccho mittunt sortem:

Primo pro nummata vini ex hac bibunt libertini;

semel bibunt pro captivis, post hec bibunt ter pro vivis,
quater pro Christianis cunctis, quinquies pro fidelis defunctis,
sexies pro sororibus vanis, septies pro militibus silvanis,

Octies pro fratibus perversis, novies pro monachis dispersis,

decis pro navegantibus, undecies pro discordantibus,
duodecis pro penitentibus, tredecis pro iter agentibus,
Tam pro papa quam pro rege bibunt omnes sine lege.

Bibit hera, bibit herus, bibit miles, bibt clerus,

bibit ille, bibit illa, bibit servus cum ancilla,
bibit velox, bibit pinger, bibit albus, bibit ninger,
bibit constans, bibit vagus, bibit tudis, bibit magus,

Bibit pauper et egrotus, bibit exul et ignotus,

bibit puer, bibit canus, bibit presul et decanus,
bibit soror, bibit frater, bibit anus, bibit mater,
bibit iste, bibit ille, bibunt cetum, bibunt mille.

Parum sexcente nummate durant, cum immoderate

bibunt omner sine meta. Quamvis bibant mente leta,
sic nos rodunt omnes gentes, et sic erimus egentes.
Qui nos rodunt confundantur et cum iustis non scribantur.
Io io io io io io io io io!




III. COUR D'AMOURS





15- Amor volat undique


Amor volat undique captus est libidine.

Iuvenes, iuvencule coniungantur merito.
siqua sine socio, caret omni gaudio;
tenet noctis infima sub intimo
cordis in custodia; fit res amarissima.




16- Dies, nox et omnia




Dies, nox et omnia mihi sunt contraria,

virginum colloquia me fay planszer,
oy suvenz suspirer, plu me fay temer.

O sodales, ludite, vos quis scitis dicite,

mihi mesto parcite, grand hey dolur,
attamen consulite per voster honur.

Tua pulchra facies me fay planszer milies,

pectus habet glacies. A remender,
satim vivus fierem per un baser.




17- Stetit puella




Stetit puella rufa tunica;

si quis eam tetigit, tunica crepuit. Eia!

Stetit puella tamquam rosula:

facie splenduit os eius floruit. Eia!




18- Circa mea pectora




circa mea pectora multa sunt suspiria

de tua pulchritudine, que me ledunt misere. Ah!

Mandaliet, mandaliet, min geselle chõmet niet.


Tui lucent oculi sicut solis radii,

sicut splendor fulguris lucem donat tenebris. Ah!

Mandaliet, mandaliet, min geselle chõmet niet.


Velut deus, vellent dii, quod mente proposui:

ut eius virginea reserassem vincula. Ah!

Mandaliet, mandaliet, min geselle chõmet niet.





19- Si puer cum puellula




Si puer cum puellula moraretur in cellula,

felix coniunctio. Amore sucrescente,
pariter e medio avulso procul tedio,
fit ludus ineffabilis membris, lacertis, labilis.


20- Veni, veni, venias


Veni, veni, venias, ne me mori facias,

hyrca, hyrce, nazaza, trillirivos!

Pulchra tibi facies, oculorum acies,

capillorum series, a quam clara species!

Rosa rubicundior, lilio candidior,

omnibus formosior, semper in te glorior!




21- In trutina




In trutina mentis dubia fluctuant contraria

lascivus amor et pudicitia. Sed eligo quod video,
collum iugo prebeo; ad iugum tamen suave transeo.




22- Tempus est iocundum




Tempus est iocundum, o virgines,

modo congaudete, vos iuvenes!

Oh, oh, oh! Totus floreo!

Iam amore virginali totus ardeo!
novus, novus amor est, quo pereo!

Mea me confortat promissio,

mea me ceportat negatio.

Oh, oh, oh! Totus floreo!

Iam amore virginali totus ardeo!
novus, novus amor est, quo pereo!
Tempore brumali vir patiens,
animo vernali lasciviens.

Oh, oh, oh! Totus floreo!

Iam amore virginali totus ardeo!
novus, novus amor est, quo pereo!

Mea mecum lundit virginitas,

mea me detrudit simplicitas.

Oh, oh, oh! Totus floreo!

Iam amore virginali totus ardeo!
novus, novus amor est, quo pereo!

Veni, domicella, cum gaudio,

veni, veni, pulchra, iam pereo!

Oh, oh, oh! Totus floreo!

Iam amore virginali totus ardeo!
novus, novus amor est, quo pereo!




23- Dulcissime




Dulcissime! Ah!

Totam tibi subdo me!




BLANZIFLOR ET HELENA





24- Ave, formosissima




Ave, formosissima, gemma pretiosa,

ave, decus virginum, virgo gloriosa,
ave, mundi luminar, ave mundi rosa,
Blanziflor et Helena, Venus generosa!




25- O Fortuna



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