"Joguei pedrinhas na água, de pesadas foram ao fundo. Então os peixinhos disseram: - Ei, pára de jogar pedra aqui!" ¡Pablo Moraïs!
domingo, 19 de março de 2023
❤# BOA NOITE - QUE A DIVINA LUZ DE JESUS SEJA SEMPRE A LUZ DA NOSSA VIDA
👤# CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - SO E LUTADOR QUEM SABE LUTAR CONSIGO MESMO
✌# 19 DE MARCO - DIA DE SAO JOSE - SAO JOSE ROGAI POR NOS QUE RECORREMOS A VOS
👤# CLARICE LISPECTOR - FELICIDADE CLANDESTINA - EU NAO SOU BAIXINHA - EU SOU COMPACTA
👤# CLARICE LISPECTOR - FELICIDADE CLANDESTINA - EU NAO SOU BAIXINHA - EU SOU COMPACTA
👤# MARTHA MEDEIROS - NAO GOSTO DA VIDA EM BANHO-MARIA - GOSTO DE FOGO PIMENTA ALHO ERVAS - POR UM TRIZ NAO SOU UMA BRUXA
"Não gosto da vida em banho-maria, gosto de fogo, pimenta, alho, ervas, por um triz não sou uma bruxa."
👤# LIDIA VASCONCELOS - TUAS MAOS
👤# LIDIA VASCONCELOS - ARAMES FARPADOS NAO INTIMIDAM PASSARINHOS QUE SABEM VOAR
☝# PARA QUEM NAO SABE PARA ONDE VAI QUALQUER CAMINHO SERVE
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alice_no_País_das_Maravilhas
👤# CHARLES BAUDELAIRE - QUEM NAO SABE POVOAR SUA SOLIDAO TAMBEM NAO SABERA FICAR SOZINHO EM MEIO A UMA MULTIDAO
👤# CHARLES BAUDELAIRE - QUEM NAO SABE POVOAR SUA SOLIDAO TAMBEM NAO SABERA FICAR SOZINHO EM MEIO A UMA MULTIDAO
Charles Baudelaire
Quem não sabe povoar sua solidão também não saberá ficar sozinho em meio a uma multidão.
👤# CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - A MAQUINA DO MUNDO
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco o simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
“O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste… vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que tantos
monumentos erguidos à verdade;
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mão pensas.
👤# CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - A BUNDA
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda – esses garotos ainda lhes falta muito que estudar.
Na cama agita-se.
Montanhas avolumam-se, descem. Ondas batendo numa praia infinita.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
Carlos Drummond de Andrade
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👤# CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - O AMOR
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
👤# PABLO NERUDA - VOCE E LIVRE PARA FAZER SUAS ESCOLHAS Pablo Neruda
👤# GILBERT KEITH CHESTERTON - A PROXIMA GRANDE HERESIA
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