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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

FLORBELA ESPANCA - CONTO DE FADAS

  



Conto de Fadas
Florbela Espanca


Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor.

Os meus gestos são ondas de Sorrento...
Trago no nome as letras duma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintarvento...

Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é de oiro, a onda que palpita.

Dou-te, comigo, o mundo que Deus fez!
Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A princesa de conto: "Era uma vez..."


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domingo, 30 de julho de 2017

AD - A IDADE DE SER FELIZ


A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.


quarta-feira, 12 de abril de 2017

AD - PIOR DO QUE ESTAR SOZINHO E SE SENTIR SOZINHO




Pior do que estar sozinho é se sentir sozinho. 

 
As vezes sinto como se não existisse alguém ao meu lado com quem eu pudesse compartilhar o que sinto. Sempre estive cercada de pessoas. Nenhuma delas foi verdadeira o bastante pra continuar junto de mim. Eu não sei o que esta acontecendo com a minha vida.
Eu só sei ficar triste, me sentir sozinha.
Sinto como se um vácuo profundo preenchesse o meu coração, a minha alma. Eu que sempre pedi a Deus amigos fieis, pessoas fieis.
Quando me olho no espelho, a única coisa que vejo é desgosto.
Não estou me dando bem na escola, na vida.
Sinto como se fosse me afundar, sempre, sempre.
Me sinto em constante solidão. Assim como também parece que as outras pessoas tem outros planos e cujo eu não estou dentro deles, as vezes ate meus pais esquecem de mim. O que me torna diferente das outras pessoas. Nunca tive sonhos, ou melhor, nunca tive motivos pra sonhar. Porque quando eu começo a construir um sonho, sempre alguém destrói. De que adianta uma vida assim? Sem motivos. Morrer iria adiantar? A culpa ainda seria minha, como sempre foi. Porque simplesmente tudo o que acontece de errado, sou eu, ou eu estou envolvida. Muitas vezes já me senti menosprezada pela minha própria família. Porque sou a que tenho condições de vida mais precárias e que nunca pode se igualar a ninguém porque aconteça o que acontecer, eu sou sempre a pior.
Não sei por que motivos estou escrevendo isso. Acho que estou cansada de tudo o que vem acontecendo durante todos esses anos e eu sempre me calei. Nunca tive voz. Parece que mesmo querendo gritar ninguém ira me escutar.

Quanto aos amores? Eles já não existem mais.
Nunca floresceram e nem irão florescer.
Pessoas como eu, sem sonhos, sem planos, não tem no que acreditar. Será meu Deus que nunca serei feliz? Ou será que isso não passa de uma simples maré alta? Espero que com o tempo tudo isso passe e eu finalmente possa ser feliz como sempre tive vontade de ser, mais não consegui. A única coisa que ainda me mantém viva é a esperança de um dia ser igual a todo mundo e poder fazer as coisas que tenho muita vontade de poder fazer. Quero aprender a amar, a confiar nas pessoas, construir meus sonhos. Ser normal. Ou melhor, ser aquilo que nunca pude ser e que as pessoas talvez temessem que eu fosse. Não quero que daqui a algum tempo continuem me vendo como qualquer uma, com que eles possam rir, abusar e depois pisar em cima como se fosse um brinquedo comum, um brinquedo qualquer. Já chega. E quando dizem que existe injustiça no mundo, não mentem. E onde estão os meus direitos de ser feliz? Aonde estão minhas chances de poder viver? Será que é impossível conseguir ao menos um pouco disso que desejo. Se não puder ser feliz, me devolva parte do amor que me foi tomado. 
Porque através disso poderei construir algo. 
Porque quem tem amor no coração consegue sobreviver somente disso. Eu quero que fique claro que não estou culpando ninguém por isso. O que quero que saibam é que a minha depressão me consome a cada dia que passa, me transformando num bicho de sete ou ate mais cabeças cuja eu não sou capaz de decifrar. 
Como consigo escrever isso? Como disse, a única coisa que tenho é a esperança de tentar mudar.


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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

AD - ESTRELA VERDE



ESTRELA VERDE

Havia milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis. Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:
- Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.
- Assim será feito, respondeu o Senhor. Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra. Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
- Por que voltaram? Perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao céu.
- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça... E o Senhor lhes disse:
- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece. Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:
- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?
Um anjo que estava perto disse:
- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.
- Mas que estrela é essa? - Voltou Deus a perguntar.
- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor. E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa. Porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem é a Esperança. Deus já conhece o futuro, e a Esperança é própria da pessoa humana, própria daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que não sabe como será o futuro." Receba neste momento esta estrela em seu coração - A ESPERANÇA a sua estrela verde.

* Autor Desconhecido

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

ARTUR DA TAVOLA - O VELHO TEMA DO EU E DO OUTRO


O VELHO TEMA DO EU E DO OUTRO

Veja se dá para entender: a gente, para a gente mesmo, é a gente. Raramente consegue ser o outro. A gente, para o outro, não é a gente, é o outro. Deve estar confuso. Tento de novo. Cada um de nós vive uma ambiguidade fundamental: ser a gente e ao mesmo tempo, ser o outro. Pra gente, a gente é a gente. Para o outro, a gente é o outro.

Temos, portanto, dois estados: ser o eu de cada um de nós e ser o outro. Na vida de relação, pois temos que saber ser o ‘eu individual’ e ao mesmo tempo, aceitar funcionar em estado de alteridade (outro vem de ‘alter’), ou seja, de ‘outro’.

O outro, raramente nos considera como a gente (como pessoa singular, peculiar, própria, única, desigual). Em geral, ele nos considera como o ‘outro’. Daí surgem os conflitos. Não apenas o outro em geral não nos considera como ‘a gente’. Também a gente não sabe aceitar, ou raramente aceita, ser tratado como ‘outro’. A gente quer ser tratado como a gente sabe que é, e não como o outro nos considera.

A gente sempre tem esperança que o outro descubra o que a gente é. Mas isso é muito difícil, porque o outro nos vê como ‘outro’ ou como qualquer projeção dele, jamais nos vê como a gente se vê ou quer ser visto ou gostaria de ser visto.

Uma relação de duas pessoas dá-se portanto, em quatro etapas: i) para Joaquim, Maria é o outro; ii) para Joaquim, Joaquim é Joaquim; iii) para Maria, Joaquim é o outro; iv) para Maria, Maria é Maria.

Mas Maria quer que Joaquim não a veja como ‘o outro’ e sim como Maria. E Joaquim não quer ser visto como ‘o outro’, ele quer ser visto como Joaquim. Mas nem Maria o vê como Joaquim (e sim como ‘o outro’), nem Joaquim a vê como Maria (e sim como ‘o outro’ na pessoa dela).

É essa a vontade de que nos vejam como individualidade que somos, o que nos leva a exigir talvez demais daqueles que se relacionam conosco. Eles talvez não estejam preparados (raramente estão) para nos ver como ‘eus’, como unidades próprias, como somos ou como queremos ser.

Exigir dos demais que nos vejam em nossa individualidade é um fato de pouca sabedoria. Raramente eles o conseguem, porque se somos ‘eu’ para nós mesmos, somos outro para eles. Em estado de ‘eudade’ (de eu), somos uma pessoa. Em estado de alteridade, somos outra pessoa.

Conseguir, sem exigir ou cobrar, porém, que o outro não nos veja como ‘o outro’ que somos para ele, mas como o ‘eu’ que somos para a gente, é ato de sabedoria. Significa saber ser nítido, saber colocar-se como pessoa e como individualidade, saber ocupar o próprio espaço sem qualquer invasão do espaço dos demais ou sem qualquer limitação do que eles são e nos agregamos, por inveja ou por admiração (coisas muito parecidas).

Para tal, é mister que saibamos ver o outro não apenas como o ‘outro’, mas como o ‘eu dele’ para ele. Mais claro: significa ver o outro como ele é, na condição de ‘eu’ ou seja, de indivíduo próprio, peculiar, semelhante sim, mas desigual e não na condição de ‘outro’, que é como ele chega até nós.

É no centro dessa relação que está a essência do problema da comunicação e da comunhão (que vem a ser a mesma coisa).

Eu devo ser ‘eu’ para mim e para o outro. O outro deve ser o ‘eu-dele’ para mim. Eu devo aceitar ser ‘o outro’ para o outro. Mas devo desejar e conseguir ser ‘eu’ para ele. Eu, em estado de ‘eu’, devo aceitá-lo como outro. Eu, em estado de ‘outro’, devo aceitá-lo como o eu dele. Eu e ele somos ao mesmo tempo ‘eu’. Eu e ele somos ao mesmo tempo ‘ele’. Ele é ‘eu’ mas também é ele. Por isso somos, ao mesmo tempo, semelhantes e diferentes. Por isso somos irmãos. Por isso a humanidade é uma só. Por isso a igualdade humana é uma verdade, na diferença individual.

E, para terminar, um outro alcance, paralelo ao principal, mas verdadeiro nas relações humanas: o outro nunca sabe direito o que ele é e representa para a gente. E a vida nos vai ensinando a ser cada vez mais sozinhos, pelo acúmulo de não correspondência daqueles que sempre nos significam algo, mas nunca o souberam ou perceberam na exata medida. Ou então, preocupados em excesso com os próprios problemas nunca atenderam ao potencial de afeto que por eles ou para eles havia em nós e foi desgastando em uso ou dispersão, já que não o souberam receber.

Às vezes esse ‘outro’ é mesmo o outro. Aí é a gente que fica com o próprio gesto de amor solto no ar à espera de aceitação, entendimento e correspondência. Em ambos os casos, dói. Mas isso já é outra crônica.

✌# 15 DE MAIO - DIA INTERNACIONAL DA FAMILIA

  15 de Maio: Dia Internacional da Família. A família é o bem mais precioso que a gente tem. ame, cuide, valorize sua família. ✌# 15 DE M...