"Joguei pedrinhas na água, de pesadas foram ao fundo. Então os peixinhos disseram: - Ei, pára de jogar pedra aqui!" ¡Pablo Moraïs!
domingo, 26 de novembro de 2006
ANTOINE DE SAINT-EXUPERY - O ESSENCIAL NA MAIORIA DAS VEZES NAO TEM PESO - AQUI APARENTEMENTE FOI SO UM SORRISO
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sorriso
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Teresina - PI, Brasil
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
domingo, 19 de novembro de 2006
DJ CERLA - EVERYBODY POM POM
DJ CERLA* - EVERYBODY POM POM
EVERYBODY POM POM
TODO O MUNDO POM POM
YOU'RE LOOKING FOR THE RAINBOW
Você está olhando para o arco-íris
BUT I'M LOOKING FOR THE NIGHT
Mas eu estou olhando para a noite
WE CAN DANCE INSIDE THE MIRROR
Nós podemos dançar dentro do espelho
AND BELIVE IN WHAT WE LIKE
E acredite no que nós gostamos
ARE YOU READY FOR THE MIDNIGHT
Você está pronto para a meia-noite
WHEN THE PEOPLE STARTS TO JUMP
Quando o povo começa a pular
ARE YOU READY FOR THE NIGHT? IT'S TIME TO GO
Você está pronto para a noite? É hora de ir
AM I LOOKING FOR SUNSHINE?
Estou à procura de sol?
LOOKING IN A MIRROR
Olhar em um espelho
ARE YOU READY?
Você está pronto?
YOU'RE LOOKING FOR THE RAINBOW
Você está olhando para o arco-íris
BUT I'M LOOKING FOR THE NIGHT
Mas eu estou olhando para a noite
WE CAN DANCE INSIDE THE MIRROR
Nós podemos dançar dentro do espelho
AND BELIVE IN WHAT WE LIKE
E acredite no que nós gostamos
ARE YOU READY FOR THE MIDNIGHT
Você está pronto para a meia-noite
WHEN THE PEOPLE STARTS TO JUMP
Quando o povo começa a pular
ARE YOU READY FOR THE NIGHT? IT'S TIME TO GO
Você está pronto para a noite? É hora de ir
COME EVERYBOY POM POM
Vem todo o mundo pom pom
NOW YOU'RE LOOKING FOR SOME PASSION
Agora que você está procurando alguma paixão
AND I'M LOOKING FOR THE SAME
E eu estou olhando para o mesmo
I CAN FEEL YOUR STRONG ATTRACTION
Eu posso sentir a sua forte atração
I BELIVE IN WHAT YOU SAY
Eu acredito no que você diz
TAKE MY HAND AND LET ME SHOW YOU
Pegue minha mão e deixe-me mostrar-lhe
ALL THE COLOURS OF MY LIFE
Todas as cores da minha vida
YOU CAN SING, WITH ME, I'M SINGING THROUGH THE NIGHT
Você pode cantar comigo, eu estou cantando durante a noite
ARE YOU READY FOR THE MIDNIGHT
Você está pronto para a meia-noite
WHEN THE PEOPLE STARTS TO JUMP
Quando o povo começa a pular
ARE YOU READY FOR THE NIGHT? IT'S TIME TO GO
Você está pronto para a noite? É hora de ir
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sexta-feira, 17 de novembro de 2006
TOQUINHO E VINICIUS DE MORAES - AQUARELA
AQUARELA
Toquinho e Vinicius De Moraes
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva.
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela, viajando, Havaí, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul.
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,
E se a gente quiser ele vai pousar.
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá).
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá).
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (que descolorirá).
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domingo, 12 de novembro de 2006
CHICO BUARQUE - O MEU AMOR
Chico Buarque - O Meu Amor
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele inteira fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada, ai
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes, ai
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba malfeita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita, ai
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa, ai
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
sábado, 11 de novembro de 2006
CHICO BUARQUE - PEDACO DE MIM
PEDAÇO DE MIM (CHICO BUARQUE)
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus.
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
FERNANDO PESSOA - O VALOR DAS COISAS NAO ESTA NO TEMPO EM QUE ELAS DURAM MAS NA INTENSIDADE COM QUE ACONTECEM POR ISSO EXISTEM MOMENTOS INESQUECIVEIS COISAS INEXPLICAVEIS E PESSOAS INCOMPARAVEIS
"O valor das coisas não está no tempo
em que elas duram, mas na intensidade
com que acontecem. Por isso existem
momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
* Fernando Pessoa
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
domingo, 5 de novembro de 2006
👤# CECILIA MEIRELES - A ARTE DE SER FELIZ
A Arte de Ser Feliz...
Cecília Meireles
(Quadrante, pág. 13-15, Editora do Autor, s/d)
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flôres. Para onde iam as flores? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vêzes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um jardim quase seco. Era numa época de estiagem, da terra esfarelada,e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde,e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sôbre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espêssas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam o muro. Gatos que abrem e fechamos olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho no ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. Eu me sinto completamente feliz. Mas quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flôres. Para onde iam as flores? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vêzes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um jardim quase seco. Era numa época de estiagem, da terra esfarelada,e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde,e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sôbre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espêssas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam o muro. Gatos que abrem e fechamos olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho no ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. Eu me sinto completamente feliz. Mas quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
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sexta-feira, 3 de novembro de 2006
👤# CECILIA MEIRELES - PESSOAS
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